sábado, 30 de julho de 2016

Convenção da Coligação Partidária: #SaoCaetanoDoSeuJeito

Como previsto:
O PMB participa da Convenção da Coligação partidária #SAOCAETANODOSEUJEITO

Toda a equipe estava presente e colaborou para que os anseios da coligação fossem atingidos.
#ExisteUmNovoCaminho
#SaoCaetanoDoSeuJeito
#PMBSCS 











segunda-feira, 25 de julho de 2016

Você sabia? História de São Caetano no século XX

1901
O território da Fazenda São Caetano, que até então pertencia ao município de São Paulo, é anexado ao recém-criado Município de São Bernardo do Campo.

1905
10 de janeiro, na primeira Sessão Ordinária da Câmara Municipal de São Bernardo, cria-se a divisão desse município em cinco distritos fiscais, e eleva o Núcleo Colonial da Fazenda São Caetano a Distrito Fiscal.

1911
A Câmara Municipal de São Bernardo autoriza a construção do cemitério em São Caetano.

1912

10 de março são realizadas as primeiras eleições no Distrito de São Caetano, para a escolha do Presidente e do Vice-presidente do Estado, um Senador ao Congresso Estadual e dois Vereadores à Câmara Municipal de São Bernardo.
Pela lei nº 123 de 14 de agosto, foi dada a concessão e privilégio à Companhia de Melhoramentos de São Caetano para explorar por 30 anos os serviços de água e esgoto, e ao Sr. Luiz Martinelli o privilégio de explorar um matadouro por período de 20 anos.

1914

1º de maio, é fundado o São Caetano Esporte Clube.

1915
A São Paulo Light and Power realiza o serviço de instalação de luz elétrica em São Caetano.
13 de junho, São Caetano ganha o seu primeiro jornal "O Progresso".

1916

São Caetano é elevado a Distrito de Paz pela Lei Estadual nº 1.512 de 04 de dezembro, pelo Dr. Altino Arantes, Presidente do Estado.
A indústria Pamplona é a primeira fábrica instalada, vindo a seguir a fábrica de Formicida Paulista.
O Sr. José Golfetti instala o primeiro cinema, chamado "cinematographo".

1917
Fundadas as Escolas Reunidas.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

As pré-candidaturas estão nas ruas.


O pré-candidato a vereador Everardo Nascimento (PMB) e o pré-candidato a prefeito Fábio Palácio (PR) já estão nas ruas da cidade de São Caetano do Sul.
O contato com os amigos, e os amigos dos amigos, já é uma realidade. A população já entendeu que agora eles tem voz. Que basta fazer o preenchimento do questionário #SaoCaetanoDoSeuJeito para ver suas solicitações e ideias acontecerem.

Eles já sabem que #SaoCaetanoSoVaiMudarSeEleFizerParteDaMudanca.
#ExisteUmNovoCaminho para São Caetano voltar a ser aquela cidade do IDH de primeiro lugar do Brasil. 

terça-feira, 19 de julho de 2016

Você Sabia? História de São Caetano no ano 1631.

1631
Os frades Beneditinos do Mosteiro de São Bento, da Capital, instalam-se na região denominada Sítio do Tijucussu, posteriormente acrescida pelas terras doadas pelo Sr. Duarte Machado e esposa, e pelo Capitão Fernão Dias Paes Leme, fundando a Fazenda São Caetano.

domingo, 17 de julho de 2016

Agenda Externa: sábado 16/07





Participei de mais uma Agenda Externa da coligação dos pré-candidatos a vereador e da pré-candidatura de Fabio Palácio para a prefeitura de São Caetano do Sul.

Esta foi a 5ª ação realizada, no dia 16 de julho, com encontro programado na Praça da Riqueza, no Bairro da Prosperidade.

O contato com os moradores é a tônica da ação. São conversas, trocas de ideias, argumentação sobre o que é preciso mudar na atual situação política do município.

Apresentar o questionário #SaoCaetanoDoSeuJeito ao munícipe, faz ele enxergar uma possibilidade. O questionário apresenta muitas opções para você transmitir as suas recomendações: em papel entregue ao pré-candidato, com depósito nas urnas espalhadas pela cidade e pelo whatsapp. 

É muito rico o contato com os moradores. Com um simples relato, ajuda a traçar os novos caminhos que os governantes do município deverão cumprir.

Assim não teremos mais os programas políticos, traçado em salas fechadas, elencando interesses próprios, que são passados, passados e passados, por ações de marketing em campanhas, para convencer o morador, que ali está a solução.

Agora, você é quem dá e diz os caminhos que a sua cidade deve ter. 
#ExisteUmNovoCaminho para ela ser a, #SaoCaetanoDoSeuJeito.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Você Sabia? História de São Caetano no ano 1560.

1560
Decretada por Mem de Sá a extinção da Vila de Santo André da Borda do Campo, constituída, também, pelas terras que, futuramente, formariam os municípios de São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. Este núcleo muda-se para junto do Pátio do Colégio de São Paulo.

Encontro na Associação dos Radialistas de São Caetano do Sul





#SaoCaetanoDoSeuJeito


Foi realizado mais um evento pró pré-candidatura de Fabio Palácio em São Caetano do Sul.
O evento aconteceu na V. São José na Associação dos Radialistas que fica na R. Luiz Claudio Capovilla Filho, onde os diversos membros dos partidos coligados e moradores da região, se reunirão para discutir os problemas, as necessidades e as soluções.
Os temas de discussão foram distribuídos em grupos e que tiveram sua formação por livre escolha. Todos ficaram muito a vontade para escolher o seu grupo.
Em apenas 30 minutos de discussão, os grupos identificaram vários problemas existentes. Foram manifestadas, tratadas e recomendada as várias opções para solução.
Como previsto, o formulário para o preechimento do #SaoCaetanoDoSeuJeito foi utilizado, onde ficaram registrados os problemas e sugestões para a assessoria política entabular.
A assessoria política da coligação está entabulando todas as sugestões da população e preparando a pauta política desta coligação.



terça-feira, 12 de julho de 2016

Muito Obrigado!


Cresce o número de pessoas que acreditam numa nova São Caetano.


Eu Everardo Nascimento participei de mais uma ação da coligação que diz #ExisteUmNovoCaminho para uma #SaoCaetanoDoSeuJeito e que depende de #SaoCaetanoSoVaiMudarSeVoceParticipar.
Ontem a noite todos os pré-candidatos a vereador e prefeito estiveram no The Office da Rua Monte Alegre, sendo sabatinados por jornalistas da imprensa do ABCD.


Veja as palavras do Pré-Candidato a Prefeito Fabio Palácios nas redes sociais.
" Cresce o número de pessoas que acreditam numa nova São Caetano e que ‪#‎ExisteUmNovoCaminho‬Hoje, foi com um orgulho enorme que recebi o apoio dos companheiros do PSC, o sexto partido a abraçar nossa proposta de construir um futuro com mais participação popular, mais qualidade de vida e mais transparência na administração pública. São coisas que, nem a atual administração, nem a anterior, se preocuparam em ter e que devemos resgatar. Vamos, juntos, pensar e fazer nossa cidade! "

Duas Histórias: Suêd Haidar & Everardo Nascimento

Histórias do Partido da Mulher Brasileira

São pessoas que tiveram as origens regionais, a busca de conhecimentos e oportunidades, a procura de uma melhor condição de vida, o envolvimento com as dificuldades dos assemelhados, o envolvimento com as questões políticas, histórias muito iguais.

Suêd Haidar


Nossa história: PMB Nacional

Após anos de militância em causas sociais por todo o Brasil, Suêd Haidar, mãe, mulher nordestina e brasileira inicia uma jornada rumo a realização de um sonho: a criação de um partido político, que garantisse uma maior representação das mulheres no congresso nacional, e em todos os setores da sociedade.

É em meio a um cenário de total descrença política, com o povo cada vez mais cansado de promessas não cumpridas, que em 2008, surge o projeto político do que viria a ser o Partido da Mulher Brasileira. Nesse primeiro momento formado por grupos de mulheres, oriundas de todos os cantos do país, e que tinham a mesma vontade, tornar o Brasil um lugar mais justo.

Durante sete anos, o partido em formação, se dedicou ao debate aberto, a se aprofundar nas causas sociais, recolhendo mais de 500 mil assinaturas, de brasileiras e brasileiros que anseiam por mudanças.
O Partido da Mulher Brasileira é um partido formado com a certeza de que todos os apoiadores sabiam o que estavam assinando, buscando sempre orientar e explicar a cada um o real propósito do partido ser criado.
A presidente, maranhense, batalhadora e coberta de missões reais, trouxe suas experiências de vida para a política brasileira, mostrando que política tem que provir da vivência, da vontade de mudar o cenário atual.
“Nós criamos o partido após verificar uma necessidade de aumentar a participação das mulheres em todos os setores da sociedade, mas sem excluir a participação masculina”, explica Suêd.
PMB é uma legenda capaz de defender o reconhecimento não só da mulher, mas também dos homens, garantindo em um mundo globalizado, o desenvolvimento do país como um todo.
Everardo Nascimento


Nossa história: PMB-SCS

A trajetória de Everardo  Francisco Nascimento, pai, homem brasileiro, inicia-se também no nordeste, em Bocaina (PI), trabalhando na dureza da lavoura, estuda e chega na cidade grande - São Caetano do Sul, em 1974. 

Militou em vários trabalhos como o de cozinheiro, bancário, pesquisador, vendedor e empresário, a principal atividade e que exerce nestes mais de 32 anos, na área da telefonia analógica até as atuais, do ramo óptico.

Ainda na década de 70, vivendo a época dura do regime militar, como estudante, manteve seu interesse pelos estudos das áreas, das Ciências Sociais e da Propaganda.

Desta forma com o envolvimento dos estudos das áreas sociais, com o dia-a-dia do próprio público feminino que frequentava os cursos, passou a ter maior atenção às dificuldades e lutas pelas quais as mulheres sempre foram objeto.

Da luta de sete anos para o PMB conquistar a sua habilitação, participou de pelo menos cinco anos frequentando em São Paulo, as reuniões promovidas por Dermeval Pereira que orientaram a busca inicial de apoiamentos para a montagem dos PMBs municipais.

Participou e contribuiu de todas as maneiras para que os municípios próximos como Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra, Embu das Artes, Itapecerica da Serra e São Paulo, cidades distantes como Sorocaba, Americana e Arthur Nogueira. Contribuiu para que centros longínquos como Palmas (TO), Bocaina (PI) e Picos (PI) localidades de familiares, se mobilizassem também para a formação das mesmas provisórias que hora se formavam aqui nos grandes centros.

Os ideais do PMB

O PMB é um partido de centro-esquerda, que pretende impulsionar a política nacional de forma a determinar a busca dos seus principais eixos de luta como a valorização social, moral, profissional e política da mulher, bem como a integração da sociedade, visando alcançar por meio de medidas econômicas, sociais e políticas, o desenvolvimento nacional sem o caráter excludente e/ou discriminatório de quem quer que seja.

Assumiu e preside, do início da provisória ao atual Diretório Municipal de São Caetano do Sul, onde se lança como pré candidato a vereador pelo PMB-SCS nas eleições de 2016.

As dificuldades de toda a formação das municipais não impediram o PMB Nacional de contabilizar números superiores ao mínimo para a sua legalização. O Diretório Estadual de São Paulo está efetivado também, e tem o comando de Jaime Fusco.

Nossos objetivos

O PMB busca o reconhecimento, a consolidação e a valorização da mulher, sem a exclusão masculina no cenário de um mundo globalizado que pressupõe a igualdade dos direitos, se empenhando integralmente para garantir a soberania e o desenvolvimento do Brasil de forma pacífica e democrática, tendo como foco um país socialmente justo e igualitário. Por fim, nosso partido luta para que a nação brasileira, sua história e as riquezas sejam preservadas, mais apreciadas e com total independência.

Origem da notícia: 

Os ideais do PMB-SCS

O Diretório do PMB SCS ainda é um órgão partidário em formação. Baseado nos ideais nacionais, tem como ideal segmentado, divulgar e conquistar adeptos dos para organizar fóruns de discussão, arregimentar e filiar novos membros, principalmente mulheres, instruir e preparar os novas(os) membros do partido para a militância partidária da sigla do PMB-SCS, legenda "35".


Nossos objetivos PMB-SCS

A consolidação dos objetivos locais do PMB-SCS, junto com a dos diretórios municípios brasileiros, se juntam para a alcançar os objetivos nacionais, as do PMB Nacional.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

O jovem e a política ........ [Matéria do JJ de 2006]

O jovem e a política

Matheus Paggi
18 anos, 3º ano E.M. Nova Escola
São Paulo - capital

Imagine um país no planeta, que é imenso, possuidor de riquezas naturais, e “bonito por natureza”. Esse país tem uma das maiores densidades demográficas do globo, que, de maneira peculiar é formada por diferentes culturas, de traços fortes e valorosas tradições. Pois bem, é chegada a hora das eleições nesse país, e com ela, a incumbência dos eleitores de decidirem quem os representará politicamente pelos próximos quatro anos. Dada a importância do voto, o debate a respeito dos candidatos é intenso, o interesse pelas propostas dos mesmos também, e o envolvimento dos cidadãos é formidável, certo? Provavelmente sim, mas se esse país for o Brasil, as coisas não serão bem assim.

Todo ano de eleições a mesma palhaçada se repete. Com campanhas extremamente demagógicas, projetos impossíveis e promessas vagas. São dezenas de exemplos de “senhores”, que se candidatam, e na maioria das vezes, por meio do já desgastado populismo, conseguem um lugar em Brasília. Ao chegarem lá, fazem “muito”, desviando recursos públicos e envolvendo-se em transações podres, que vão de “mensaleiros” a “sanguessugas”. No país da impunidade, a grande maioria desses políticos sai ilesa desse tipo de episódio, aparecendo com a maior “cara-de-pau” nas eleições seguintes, como se nada tivesse acontecido, afinal, esse tipo de político “rouba, mas faz”.

É um quadro bem desanimador o da política brasileira. O exemplo atual é o retrato disso: a maior parte daqueles que colocaram Lula no poder, por meio do voto, tinham a esperança de que ele, de origem humilde, como “retrato do Brasil e de seu povo” saberia conduzir o país olhando para os grandes problemas sociais.

Nesse contexto, os brasileiros parecem cada vez menos esperançosos com seus governantes, anulando seu voto, escolhendo qualquer candidato, dando um tiro na democracia. O jovem por sua vez, geralmente adota a mesma postura, pois é o reflexo de seus familiares, pais e professores. Esse é um dos maiores e mais graves problemas do Brasil: a alienação política.

Como já alertava o poeta e dramaturgo Bertold Brecht, o analfabeto político é aquele, que simplesmente ignora a política. Para ele, a política é “um saco” e nenhum candidato presta, já que são todos iguais. Daí, muitas vezes acaba anulando seu voto. Mal sabe ele que esse tipo de postura só favorece o político corrupto, que acaba se mantendo no poder. 
Não se pode tirar toda a razão dessas pessoas, dada o desânimo causado pelos políticos brasileiros, mas a mudança só será possível se esse tipo de atitude mudar.

A importância disso é de que, em um país de jovens politizados, o futuro é promissor, pois aqueles que hoje apenas observam e estão iniciando sua participação política, provavelmente já saberão como agir no futuro, procurando evitar erros e encaminhar seu país para uma melhor condição.

Apesar de pesquisas, como a do IBGE de novembro de 2005, mostrando que cerca de 28% dos jovens envolve-se com política e assuntos de cunho social, serem consideradas bons índices para o Brasil, esse resultado deve ser encarado como pífio.

O jovem é o futuro do país, e como tal, deve estar antenado para o que acontece na política e na sociedade que o envolve. Claro que, em um país em que parte dos cidadãos não tem nem o que comer, esse processo é mais difícil e demorado, mas para aqueles que tem acesso à informação e a cultura, o engajamento é fundamental, para que todos os jovens sigam essa postura.

Taxar a juventude atual de alienada, é preconceito. Mas, a despeito dos alienados, para os jovens que realmente se importam com os rumos do país, cabe o exemplo do que ocorre atualmente no Chile. Lá, bem próximo ao Brasil, uma legião de estudantes secundaristas levantou-se em prol de suas reivindicações, que se referiam a transporte livre, modificações no critério de avaliação universitária, revisão da lei educacional. Passeatas, protestos e ocupações escolares por meio de uma integração grandiosa, pararam o país. Conscientização pura.

O Brasil não precisa de uma legião de revolucionários incandescidos, mas de uma juventude consciente de seus deveres e de seu poder, como a chilena, pois, apesar do que muitos pensam, os jovens podem e devem mudar esse país.

PMB visita a API em São Paulo

Os membros do PMB SCS Everaldo Nascimento, Regiane Cazzarotti, Dimas e Geraldo Carvalho visitaram no mês de junho a Associação Paulista de Imprensa (API/SP).






Diga-se de passagem, fomos muito bem recepcionados pela da secretaria da casa e, mesmo sem uma pautada formal programada, foram enumeramos alguns procedimentos de cooperação entre as entidades, para o desenvolvimento de projetos e ações sociais da nossa entidade.





terça-feira, 5 de julho de 2016

Um programa que não se pode perder. Rever, rever e rever....


Roda Viva | Leandro Karnal | 04/07/2016

No Roda Viva dessa segunda-feira, entrevistamos ao vivo o historiador Leandro Karnal. Ele falou sobre seu livro recém-lançado “Felicidade ou Morte” (coautoria de Clóvis de Barros Filho), que analisa, além de outros pontos, como cada época e sociedade definem o que é uma vida feliz. E também comentou problemas atuais, inclusive a intolerância e o radicalismo nas redes sociais, entre outros assuntos.




Definição dada pelo Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa para:


professor

pro·fes·sor
sm

  1. Indivíduo que professa sua crença em algum princípio filosófico ou religioso.
  2. EDUC Aquele que leciona em algum estabelecimento de ensino; docente, mestre, prô.
  3. Indivíduo que se dedica a dar aulas sobre certo tema; professador.
  4. Aquele que tem diploma de professor.
  5. FIG Aquele que tem vasto conhecimento sobre determinado assunto.
adj
  1. Que professa; profitente.
  2. EDUC Cuja função é lecionar.
  3. EDUC Com título de professor em alguma área de conhecimento.

Mais um tema volta a discussão: A Educação.

Deputados de AL aprovam lei que pune professor que opinar em sala de aula

Carlos Madeiro
Colaboração para o UOL, em Maceió (AL)
26/04/201618h18 - Atualizada 27/04/2016 10h21

Andreza Araújo/Arquivo Pessoal
Manifestantes protestam contra o projeto Escola Livre e tentam entrar na Assembleia, após a transmissão da sessão ser suspensa

Por 18 votos a oito, os deputados estaduais de Alagoas decidiram, em votação no fim da tarde desta terça-feira (26), derrubar o veto do governador Renan Filho (PMDB) ao projeto Escola Livre. Agora, os professores são obrigados a manter "neutralidade" em sala de aula e estão impedidos de "doutrinar" e "induzir" alunos em assuntos políticos, religiosos e ideológicos, sob pena até de demissão.
A votação foi marcada por confusão no lado de fora, onde manifestantes contrários e a favor do projeto assistiam à sessão. Logo no início da discussão, o telão que apresentava a votação teve problemas e foi desligado. Manifestantes tentaram invadir o plenário da Assembleia para assistir à votação, mas a galeria já estava lotada. A polícia precisou conter os manifestantes. O portão do legislativo foi destruído na confusão, mas não houve relato de feridos.
O projeto Escola Livre, de autoria do deputado Ricardo Nezinho (PMDB), foi aprovado em primeira e segunda votações, por unanimidade, no dia 17 de novembro. Dois meses depois, em janeiro, o governador vetou integralmente a lei, alegando inconstitucionalidade.

O veto à lei foi defendido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação. Segundo a instituição, Alagoas passa a ser o primeiro Estado do país a ter uma lei nesse sentido que pune professores por opiniões em sala de aula.
O veto do governador foi defendido pelo líder do governo, deputado Ronaldo Medeiros (PMDB). "O professor, com essa lei, não vai poder falar sobre a teoria de Darwin, pois, como se sabe ele, era ateu. E não vai poder falar sobre a Reforma Protestante porque um católico pode reclamar", afirmou.
Em sua fala, o deputado Ricardo Nezinho rebateu e garantiu que o projeto não censura professores. "Fiquei pasmo ao saber que, após sete meses tramitando aqui, passando por várias comissões, ninguém chegou para discordar da proposição. É inadmissível, quase um ano depois, haver discussão de censura, de mordaça de professor. O projeto vai em busca do bom professor, que é 99% da rede", disse.
O deputado Bruno Toledo (Pros), um dos maiores defensores do projeto, criticou a repercussão contrária e pediu a derrubada do voto em "nome dos costumes." "Ninguém quer criminalizar aqui professor, e rogo pela honestidade intelectual de quem está falando sobre o tema, que discuta, que sugira que a gente tenta melhorar", disse.

O projeto

Segundo a lei que será promulgada, o professor deve manter "neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado"; e fica "vedada a prática de doutrinação política e ideológica em sala de aula, bem como a veiculação, em disciplina obrigatória, de conteúdos que possam induzir aos alunos a um único pensamento religioso, político ou ideológico."
O professor também ficaria proibido de fazer "propaganda religiosa, ideológica ou político-partidária em sala de aula" e incitar "seus alunos a participar de manifestações, atos públicos ou passeatas".
Além disso, determina ainda que, nas questões políticas, socioculturais e econômicas, o professor deve apresentar aos alunos, "de forma justa, com a mesma profundidade e seriedade, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas das várias concorrentes a respeito, concordando ou não com elas."
A lei também condiciona a frequência dos estudantes em disciplinas optativas à "expressa autorização dos seus pais ou responsáveis."
Para garantir a efetividade da lei, o projeto prevê punições previstas no Código de Ética e no regimento único dos servidores, que estipula até demissão.
A lei foi vetada integralmente pelo governador sob argumento de que era inconstitucional. Para Renan Filho, ela prevê gastos com cursos de capacitação, e é vedado aos deputados apresentarem projetos que criem novas despesas ao Executivo.
Também foi contrária à ideia dos deputados. "A partir do momento que se proíbe o professor de tecer qualquer consideração de natureza filosófica, política e ideológica, sem qualquer parâmetro adequado, acaba-se por tolher o amplo espectro de atuação do profissional da educação", diz o veto do governador.

Repercussão

Segundo o doutor e professor em direito constitucional, Othoniel Pinheiro, a lei é "totalmente inconstitucional" e pode ser derrubada por meio de ações no STF (Supremo Tribunal Federal) ou TJ-AL (Tribunal de Justiça de Alagoas).
"Essa lei tem vícios de iniciativa, porque mexeu na atribuição da Secretaria da Educação de criar gastos. Já existe precedente nesse sentido no STF, inclusive com uma lei de Alagoas. Na questão material, ela é uma que restringe em demasia a liberdade de ensinar do professor, que é prevista na Constituição. Ela fala que o professor não pode induzir um aluno a um pensamento. O que seria induzir? Qualquer aluno ou pai vai poder dizer que o professor está induzindo, e vai criar um problema desnecessário ao professor, mesmo. Lei não deve ter conteúdo muito aberto, as definições devem ser taxativas, e não é o caso dessa lei absurda", afirma.
Procurada, a assessoria do governador Renan Filho afirmou que ele está em viagem, mas disse que ainda não há definição sobre se o governo vai recorrer da aprovação da lei no judiciário.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Começa a discussão (Parte IV): EMC & OSPB devem voltar?

(Discussão Parte IV)

Professor quer criação de nova disciplina


Thiago VarellaColaboração para o UOL, em Campinas (SP)
11/05/2016 - 23h04

Ana Volpe/Agência Senado
O senador Magno Malta (PR-ES)
O historiador Geraldo Inácio Filho, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), discorda um pouco dessa visão. Para ele, que defendeu uma tese sobre educação política em seu doutorado na Unicamp, falta uma disciplina que ensine os estudantes a pensar política.
"O pouco que existe de educação política nas escolas tem um viés doutrinador. Não se deve convencer o aluno a tomar certo lado, mas expor questões para que ele tome a própria decisão política", disse.


Inácio Filho propõe a criação de uma disciplina voltada para este tipo de educação nas escolas brasileiras. "Acredito que deveríamos ter a disciplina de educação para a cidadania. O futuro eleitor teria orientações para o funcionamento da república, por exemplo. Ensinar o que são os poderes. As pessoas não sabem os limites dos poderes", explicou.

Para ele, tanto OSPB quanto EMC "cheiram a mofo" e não deveriam ser retomadas já que são ligadas a ditaduras e surgiram com o objetivo de manter o controle do Estado sobre a população.

Começa a discussão (Parte III): EMC & OSPB devem voltar?

(Discussão Parte III)

Outras maneiras de ensinar política


Thiago Varella
Colaboração para o UOL, em Campinas (SP)
11/05/2016 - 23h04

Ana Volpe/Agência Senado
O senador Magno Malta (PR-ES)
Visão parecida tem a professora Pilar Lacerda, que foi Secretaria de Educação Básica do MEC e hoje é diretora da Fundação SM. Segundo ela, que estudou OSPB e EMC quando aluna, existem outras maneiras de fomentar o aprendizado de política, por exemplo, na escola.

"Não precisamos de mais uma disciplina, mas ao escrever o projeto pedagógico da escola, é necessário instituir momentos como assembleias escolares, grêmios estudantis, participação de pais e mães nos conselhos de classe, fortalecimento dos conselhos escolares. E, no desenvolvimento dos projetos de história, geografia, literatura, ter oportunidades para que os estudantes conheçam a teoria, como era a democracia grega, os movimentos pelos direitos civis, as políticas de cotas", disse.



Pilar acrescenta: "Através da vivência e leitura, os estudantes aprenderão o passado, entenderão o presente e poderão projetar o futuro, com embasamento teórico e explicações práticas. Não precisamos de mais disciplinas, mas de aprofundamento da teoria e prática."



Para Angela Soligo, a escola falha ao não discutir política e cidadania em seus corredores e salas de aula. "A educação, hoje, não privilegia o pensar e a reflexão, a liberdade de refletir, e sim os processos de avaliação. Precisamos discutir política, cidadania, direitos, aspectos da economia que afetam a vida das pessoas, discutir preconceitos, racismo e machismo. As escolas abrem mão da tarefa de educar para uma sociedade melhor."

Começa a discussão (Parte II): EMC & OSPB devem voltar?

(Discussão Parte II)

Ideia anacrônica 

Thiago Varella
Colaboração para o UOL, em Campinas (SP)
11/05/2016 - 23h04

Ana Volpe/Agência Senado
O senador Magno Malta (PR-ES)
No entanto, será mesmo que essas duas disciplinas fazem falta ao currículo dos estudantes brasileiros? De acordo com os especialistas ouvidos pelo UOL Educação, não. As duas matérias ainda estão intimamente ligadas ao regime militar.

"Essas disciplinas representam uma política de uma época de extrema repressão na sociedade brasileira. Foram criadas no período da ditadura e entraram para substituir psicologia, sociologia e filosofia. Tinham um caráter disciplinador e ensinavam a passividade", explicou a professora Angela Soligo, da Faculdade de Educação da Unicamp.



"É assustador que alguém pense em reavivar esse tipo de disciplina. Elas representam uma mancha na nossa história social e política", completou.



Apesar de criadas em períodos diferentes - EMC pelo governo Getúlio Vargas e OSPB no governo João Goulart -, as duas disciplinas se tornaram obrigatórias nas escolas brasileiras em 1969, durante o regime militar, pelo decreto-lei 869. A ideia era doutrinar o estudante pregando valores morais ligados ao governo da época. Ambas foram extintas em 1993, durante o governo Itamar Franco.

A professora Angela Soligo é contra não só a retomada das duas disciplinas, como também a criação de uma nova matéria no currículo escolar. "Não é um conjunto de novas disciplinas que dará conta de pensar o que está acontecendo na cultura brasileira", afirmou.